Os governos brasileiro e colombiano preparam um acordo especial de vigilância
de fronteiras para o combate ao tráfico de drogas, pessoas e armas. Os dois
governos querem dificultar a movimentação do cartel mexicano do narcotráfico,
que tenta se aproveitar do enfraquecimento das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) para controlar a venda de drogas instalando-se em áreas próximas
à fronteira noroeste brasileira. O documento foi encaminhado no mês passado e
falta ser assinado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A previsão é de que a operação entre Brasil e Colômbia seja desencadeada a
partir de agosto, assim que for assinado o acordo costurado durante a visita à
Colômbia do ministro da Defesa, Nelson Jobim, em junho. A ideia dos dois
governos é que, nos 1.644 km de fronteiras entre os dois países, ambas as Forças
Armadas acompanhariam a movimentação dos traficantes conjuntamente com seus
sistemas de vigilância integrado. Caso os traficantes cruzem para o vizinho,
este daria prosseguimento à operação, assumindo a sua captura. O governo
brasileiro está preocupado porque, com a atuação das polícias mexicana e
norte-americana nas fronteiras do México com os Estados Unidos, os barões da
droga se viram obrigados a mudar de rota e passaram a procurar a Colômbia. De
acordo com fontes militares, esses traficantes estão "entrando de sola" para
assumir os cartéis da droga na Colômbia e procurando as diversas passagens para
o Brasil, não só por terra, mas também pelos rios.
Fonte: TERRA
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