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16 de julho de 2011

Vigilância nas fronteiras em nossa região ainda é aquém do esperado

Por: Sérgio Pires
 

Nas regiões fronteiriças do Paraná e Santa Catarina, a Operação Sentinela, que visa combater o tráfico de drogas e contrabando nas fronteiras brasileiras está dando bons resultados. Em outras regiões – como a nossa, na longa fronteira com a Bolívia – as dificuldades são muito maiores, o efetivo menor e, é claro, o resultado ainda frágil. Mesmo assim, a Operação Sentinela já apreendeu mais de 11 toneladas de drogas – acima de meia tonelada apenas de cocaína -; 283 mil aparelhos eletrônicos e quase 360 mil pacotes de cigarros contrabandeados. Essa é a boa notícia do trabalho envolvendo Polícia Federal, Polícia Rodoviária, Força Nacional de Segurança e outros organismos que atuam nessas áreas de divisa com países vizinhos. A má notícia ó óbvia. Como o volume de apreensão é ínfimo, imagine-se só o quanto não passa de maconha, cocaína, oxi, crack e pesado contrabando pelas áreas fronteiriças. Inclusive por Rondônia, onde os policiais conseguem flagrar apenas uma parcela muito pequena, entre a enorme quantidade de toda essa podridão que entra por aqui e segue para várias outras regiões do país.

Não se tem números, mas dá pra se pensar que o volume de apreensões de drogas e tantos outros produtos ilegais importados não supera 10% do total do que passa pelas fronteiras. Em Rondônia e Acre, os resultados poderiam ser bem melhores, não fosse o pequeno efetivo e a pouca estrutura a disposição dos policiais. Se tivessem por aqui o apoio que têm seus colegas da região sul, por exemplo, sem dúvida poderíamos dizer que temos fronteiras vigiadas. Por enquanto, contamos muito mais com a boa vontade de quem atua na segurança nessas áreas do que qualquer outra coisa. Nossas fronteiras, aqui nesse pedaço muitas vezes esquecido do Brasil, continuam, no geral, escancaradas para o crime.
 


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