O transporte de cocaína a partir de contêineres levou a superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina a implantar o Núcleo Operacional de Polícia Marítima no Estado. Hoje já existe um posto em funcionamento em Itajaí, outro em construção na Capital e planos de criar unidades em Imbituba e São Francisco do Sul.
O chefe da Comunicação Social, delegado Ildo Rosa, explica que a gigantesca quantidade de produtos que chegam e partem do Brasil em navios, além do aumento na movimentação de contêineres, dificultam a fiscalização. Ele declarou que um equipamento que funciona como espécie de raio X de contêiner está em teste no porto de Santos.
Ildo relembrou a Operação Medusa, coordenada pela PF do Estado, que descobriu um carregamento de 62 quilos no porto de Rio Grande (RS). A PF gaúcha inclusive reforçou a vigilância no local por causa da apreensão. Na ocasião, seis criminosos europeus – três croatas, um macedônio, um montenegrino e um búlgaro – foram flagrados. As investigações apontaram que as duas quadrilhas não possuíam ligações, apesar do mesmo modo de operação: utilizar portos brasileiros para enviar droga colombiana até a Europa.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
Leia Uma tonelada de cocaína em navio que saiu do Brasil
Roma - Contêiner com uma tonelada de cocaína — mil pacotes de um quilo cada — foi apreendido no porto de Gioia Tauro, na região da Calábria, Sul da Itália. A droga foi desembarcada de um navio mercante que havia partido do Porto de Santos, em São Paulo, e estava escondida dentro de máquinas agrícolas. Esta foi maior apreensão dos últimos 15 anos na Itália.
Polícia italiana faz a maior apreensão da droga em 15 anos
Roma - Contêiner com uma tonelada de cocaína — mil pacotes de um quilo cada — foi apreendido no porto de Gioia Tauro, na região da Calábria, Sul da Itália. A droga foi desembarcada de um navio mercante que havia partido do Porto de Santos, em São Paulo, e estava escondida dentro de máquinas agrícolas. Esta foi maior apreensão dos últimos 15 anos na Itália.
Os policiais usaram aparelhos de scanner para vistoriar os equipamentos agrícolas, e notaram falhas na solda da estrutura de tubos metálicos. Com um maçarico, eles foram abertos e, assim, foi achada a cocaína. De acordo com o Núcleo de Investigação de Roma, a droga é “puríssima” e renderia aos traficantes cerca de 250 milhões de euros (R$ 588 milhões).
Esta seria a primeira vez que a droga, normalmente destinada aos portos da Holanda, desembarcaria na Itália. As investigações começaram a partir de informação passada às autoridades italianas pelo governo britânico. Policiais da Soca (Serious Organised Crime Agency) advertiram os italianos sobre a viagem de um navio mercante zarpado do porto de Santos, algumas semanas atrás. O navio tinha bandeira italiana, e a droga teria saído inicialmente da Colômbia antes de passar por São Paulo.
As revistas nos navios mercantes passaram então a ser mais rigorosas. Segundo agentes que participaram da operação, uma vez identificado o navio, descobriu-se que a documentação da carga e os papéis da alfândega eram todos falsificados.
Segundo declarou o procurador-chefe de Roma, Giancarlo Capaldo, esta é uma rota inédita, um novo fluxo do tráfico internacional de drogas. “Mover uma grande quantidade assim significa ter vários pontos de apoio dentro e fora do porto, uma rede criminal que é possível passar pelas mãos do crime organizado”, afirmou . “Estamos diante de um novo caminho na administração de narcóticos”, corroborou o magistrado Giancarlo Capaldo, da direção antimáfia de Roma.
A suspeita das autoridades italianas é de que a droga seria destinada ao clã da máfia italiana ‘Ndrangheta, que teria ‘tentáculos’ no porto de Gioia Tauro. A cocaína iria para os mercados italiano, do centro e do norte da Europa.
Fonte: O DIA
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