Polícia Federal prendia um criminoso por dia; hoje não realiza uma ação sequer
As guaritas onde havia a checagem da documentação de turistas estão vazias. O tráfego de veículos entre um país e outro é livre e demonstra a falta de segurança nacional. Migrantes com mandado de prisão, geralmente interceptados na aduana, agora, passam tranquilamente. “Antes havia ao menos uma prisão por dia. Estamos totalmente vulneráveis. Não existe controle algum na aduana. Desempenhamos apenas o trabalho essencial”, revela um policial federal, que pediu para não ser identificado.
A sinalização ainda indica obrigatoriedade de apresentação de documentos a Polícia Federal. Existem ainda placas antigas, para estrangeiros, informando o processo migratório. Mas o acesso é livre e confunde quem passa pela primeira vez na região.
O tecnólogo Antônio Moreira da Cruz veio de Curitiba para visitar os atrativos turísticos de Foz. Ele aproveitou a viagem para conhecer a Argentina, e ao passar pela aduana, ficou impressionado com a falta de controle. “Não tem segurança alguma. Não dá para acreditar que a situação seja essa. Não tem nem mesmo informação. Pensei que precisasse apresentar algum documento”.
Aílton Santos |
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ADUANA
A estrutura física da aduana é usada pela Receita Federal. Mas os servidores não fazem o controle de quem entra e sai do Brasil. O serviço ficou comprometido após cortes de verbas à Polícia Federal. Até os funcionários terceirizados que eram responsáveis pelo cadastro de turistas foram demitidos, há um ano.A situação não foi alterada neste período, e por enquanto, os servidores mais atuantes na aduana são do Ministério da Agricultura. Os fiscais federais agropecuários interceptam cargas de alimentos que chegam ao Brasil de maneira clandestina. “Não fomos afetados com a liberação da aduana. Nosso serviço é mantido normalmente”, diz o fiscal federal agropecuário, João César Zanelli.
Já quem passa pela região exige maior controle na segurança do País, ainda mais às vésperas da Copa do Mundo. “Estamos totalmente desprotegidos. Deveria existir maior controle. Mas aqui, todos entram e saem do Brasil sem o menor problema”, diz o transportador Vladimir Negitalinco.
Fonte: O PARANA
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