Agosto refletiu ritmo da economia. No ano, brasileiros já pagaram R$ 510 bi
O forte aquecimento da economia fez a arrecadação de impostos e contribuições federais bater mais um recorde em agosto. O total recolhido somou R$ 62,721 bilhões, montante que representa crescimento real (descontada a inflação) de 15,32% sobre 2009 e o melhor resultado da história para esse mês. No acumulado do ano, a sociedade brasileira já pagou R$ 510,185 bilhões em tributos, uma alta real de 12,59% sobre o mesmo período no ano passado.
Agosto registrou o décimo primeiro aumento seguido de receitas da União após a crise global, iniciada no fim de 2008.
A arrecadação continua crescendo e acompanhando o ritmo da economia disse o subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa.
A retomada da atividade que elevou a produção industrial (15,4% em julho sobre igual mês em 2009), a venda de bens (14,2%) e a massa salarial (11,5%) foi a responsável pelo desempenho da arrecadação não apenas em agosto mas no ano inteiro. Esses indicadores têm reflexo nos tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins e contribuição previdenciária.
O recolhimento do IPI até agosto, por exemplo, registrou avanço real de 25,44%. Esse imposto reflete a atividade industrial.
Já o PIS/Cofins, que incide sobre o faturamento das empresas, subiu 16,10% na mesma comparação, enquanto a contribuição previdenciária (termômetro do mercado de trabalho) teve elevação de 10,78%.
Serpa explicou que mesmo com a leve desaceleração da economia no segundo trimestre do ano, a arrecadação continua subindo muito porque esse reflexo só aparece com defasagem de dois ou três meses. Em setembro, a expectativa do Fisco é que as receitas administradas (não incluem royalties, por exemplo) tenham subido entre 11% e 12%.
Em agosto, esse percentual foi de 11,5%. Já para o fim do ano, a projeção da Receita é que a arrecadação cresça de 10% a 12%.
Entre janeiro e agosto, o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica teve alta de 2,8%. Ainda é baixa pois reflete lucros das empresas em 2009, quando sofriam com a crise. |