Em um ofício encaminhado nesta segunda à Coordenação Geral de Gestão de Pessoas da Receita, em Brasília, a superintendência do órgão em São Paulo determinou a imediata devolução da funcionária ao Serpro. A Receita mantém há anos um contrato com a Serpro que possibilita o empréstimo dos servidores.
Segundo a superintendência, a conduta de Ana Maria na quebra de sigilos foi decisiva para a devolução. A servidora já responde a um processo administrativo na Corregedoria da Receita Federal.
“Dada a conduta dela [Ana Maria], considerando especialmente as declarações dela, a superintendência determinou a devolução da servidora”, afirmou a assessoria de imprensa da superintendência.
Na última sexta-feira, a Polícia Civil de São Paulo aprendeu 23 declarações de Imposto de Renda no escritório do marido de Ana, o contador José Carlos Cano Larios. Segundo a polícia, as declarações teriam sido obtidas de forma ilegal na agência da Receita em Mauá, onde Ana Maria trabalhava. Durante depoimento à polícia, a servidora teria dito que as declarações pertenciam a amigos e parentes e haviam sido consultadas com autorização verbal.
Ainda de acordo com a polícia, Ana Maria teria dito no depoimento que funcionários da Corregedoria da Receita teriam orientado que ela buscasse essas declarações para justificar os acessos. Ainda na sexta-feira, a Corregedoria da Receita Federal divulgou nota assinada pelo corregedor Antônio Carlos Costa d’Ávila Carvalho na qual nega ter dado essa orientação a servidora.
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