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14 de outubro de 2010

Lanchas da Receita Federal: Operação "Três Fronteiras" apreende 700 quilos de drogas em oito meses

Autoridades afirmam que a repressão ao tráfico de drogas na fronteira da Colômbia, Venezuela e Peru fez diminuir a venda e consumo de entorpecentes em Manaus, mas forçou a migração do tráfico para a prática de assaltos na capital


Autoridades afirmam que a repressão ao tráfico de drogas na fronteira da Colômbia, Venezuela e Peru fez diminuir a venda e consumo de entorpecentes em Manaus, mas forçou a migração do tráfico para a prática de assaltos na capital

Manaus, 13 de Outubro de 2010

André Alves

Parceria entre a PF, a PM e a Força Nacional vem contribuindo para a repressão ao tráfico de drogas na tríplice fronteira (Foto: Divulgação)

A ação realizada desde janeiro deste ano pelas polícias Federal e Militar, em parceria com a Força Nacional, nas fronteiras do Amazonas com a Colômbia, Venezuela e Peru, resultou na apreensão, até agosto de 2010, de 713 quilos de drogas, entre pasta base e cocaína refinada.

As autoridades policiais afirmam que a repressão ao tráfico de drogas, que nunca havia sido feita em conjunto, fez diminuir a venda e o consumo de entorpecentes em Manaus, mas forçou a migração do tráfico para a prática de assaltos na capital.

A "Operação Três Fronteiras", como ficou batizada a ação conjunta entre a Polícia Federal, a PM e a Força Nacional, tem centrado esforços nos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Santo Antônio do Içá e São Gabriel da Cachoeira.

Em fevereiro deste ano, a ação fez o maior volume de apreensões – 601 quilos. Em janeiro foram 50 quilos de drogas interceptadas. Nos demais meses deste ano as apreensões variaram de algumas gramas a 20 quilos (ver gráfico).

Efetivo

As operações têm disponíveis 105 homens de oito batalhões da Polícia Militar, incluindo o Batalhão Raio, 40 policiais da Força Nacional e 20 da Polícia Federal. O trabalho conta com o auxílio de lanchas cedidas pela Receita Federal, cães farejadores, e embarcações da PM e da PF.

Saldo

"Conseguimos aumentar o índice de apreensões de entorpecentes comparativamente entre os anos de 2008, 2009 e 2010. Essas apreensões trazem reflexos positivo para a capital do Estado com a diminuição da venda e consumo de entorpecentes", diz o comandante do Batalhão Raio, major Cláudio Silva.

"Por outro lado, isso deixa os traficantes mais endividados e aí é comum uma migração dos crimes praticados através do tráfico de drogas para outros, como roubos a estabelecimentos comerciais e residências e até mesmo a disputa por pontos de vendas, aumentando o índice de homicídios pelo acerto de contas", admite.

De acordo com ele, a migração do crime de tráfico para os assaltos exige uma mudança de estratégia por parte das polícias. Segundo ele, “o Comando Geral já se articulou para combater essas ações criminosas” através de suas companhias e unidades especializadas.

Homicídios

De acordo com o comandante do Batalhão Raio, as ações nas fronteiras também reduziram o número de homicídios. Em Tabatinga, por exemplo, o número de assassinatos na cidade caiu de 30, em 2009, para dez, este ano.

Fonte: A CRÍTICA



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