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23 de dezembro de 2010

Empresas terão que comprar Scanners para fiscalização

Jornal do Commercio RJ 

 


Agência Estado

Depois de tentar sem sucesso por três anos fazer uma licitação de 37 scanners de alta potência para a fiscalização de contêineres, a Receita Federal vai exigir das empresas que administram os terminais de carga nos portos, aeroportos, portos secos e outros recintos alfandegados que comprem os equipamentos. As empresas terão dois anos (até o final de 2012) para adquirir e colocar os scanners em operação, sem custo para a Receita, de acordo com regulamentação publicada hoje no Diário Oficial da União.

A contratação desses equipamentos passou a ter urgência porque os Estados Unidos aprovaram uma lei, depois do atentado de 11 de setembro de 2001, que obriga a partir de julho de 2012 que todas as cargas que entrem no território americano passem pelos scanners no país de origem. A expectativa da Organização Mundial de Aduana (OMA) é que os Estados Unidos mudem a exigência, mas até agora a legislação está valendo.

Com esses contêineres gigantes, os fiscais não precisam abrir a carga para verificar o seu conteúdo. A seleção das cargas e o trabalho de fiscalização nos terminais serão feitos pelos fiscais da Receita que trabalham nesses locais.

Desde o final de 2007, a Receita tentava comprar os equipamentos por meio de uma licitação internacional, mas diversas manobras das empresas concorrentes e recursos judiciais impediram a conclusão da compra. A licitação teve, inclusive, lances de espionagem empresarial e inquérito policial com acusação de sabotagem. Impossibilitada de fazer a homologação da licitação por decisão da Justiça, a Receita resolveu há um mês revogar a concorrência.
O Fisco iria gastar R$ 255,41 milhões na compra dos 37 scanners. Agora, as empresas que administram os terminais e recintos alfandegados é que terão que arcar com os custos. Mas a Receita calcula que as empresas cobrem em média cerca de US$ 15 dos importadores e exportadores por cada inspeção feita com os novos equipamentos.

Para o subsecretário de Aduana da Receita, Fausto Vieira Coutinho, a portaria publicada põe fim à guerra judicial que se transformou a licitação dos scanners. Ele disse não esperar resistências das empresas que terão que comprar os equipamentos. Segundo ele, os scanners vão agilizar o desembaraço aduaneiro, com mais segurança. Esses equipamentos são capazes de fiscalizar entre 50 a 100 contêineres por hora.

A partir do segundo semestre de 2011, a Receita também vai colocar em funcionamento o Sisam, um sistema de que faz a seleção automática das cargas que serão fiscalizadas com o uso de inteligência artificial. A expectativa da Receita é que esse sistema aumente em duas vezes e meia a precisão dos fiscais em fiscalizar as cargas irregulares. A Receita também já instalou, em Vitória, o Centro Nacional de Treinamento de Cão de Faro. O Brasil até pouco tempo atrás não usava cães na fiscalização aduaneira

Fonte: JORNAL A TRIBUNA


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