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25 de janeiro de 2011

Britânicos estimam que pirataria nos games custou US$2 bi em 2010


Cópia ilegal dos jogos provocou a perda de pelo menos mil empregos no setor

LONDRES. Em comparação com as primas fonográfica e cinematográfica, a indústria dos games costuma ser considerada menos vulnerável à PIRATARIA. No entanto, um estudo da Associação de Entretenimento Interativo do Reino Unido (UKIE) divulgado no fim da semana passada revela um quadro de invasão bucaneira: segundo cálculos do órgão, os fabricantes perderam cerca de US$2,3 bilhões em vendas em 2010 por causa do uso de cópias ilegais, que muitas vezes são comercializadas por menos de 30% do valor dos originais.

A PIRATARIA junta-se aos efeitos da economia cambaleante, que entre 2008 e 2010 derrubou o volume de vendas no Reino Unido de US$3 bilhões para US$2,3 bilhões. Isso mesmo diante do sucesso de jogos como o último capítulo da série ""Halo"", que ano passado provocou filas quilométricas em lojas britânicas no dia do lançamento. O desfalque no caixa teria resultado, segundo a UKIE, na perda de mil empregos no setor.

- A PIRATARIA desvia recursos da indústria, e quem sofre são trabalhadores como programadores e designers, que perdem seus empregos. O público também sai prejudicado, pois isso implica também menos títulos no mercado - afirma Michael Rawlinson, diretor-geral da UKIE.

Há, porém, quem veja ganância por parte dos fabricantes, que costumam cobrar preços em torno de US$63 por novos lançamentos. O contra-argumento é o fato de que a sofisticação dos jogos tem demandado investimentos cada vez maiores nos jogos - a consultoria americana M2, por exemplo, especula que o orçamento médio não é menor que US$10 milhões.

- Um grande jogo demora pelo menos dois anos para ser feito e, não raramente, pode oferecer 50 horas de duração, o que é um excelente negócio para o preço que se paga - completa Rawlinson.

Venda de games usados também está em alta

Um exemplo clássico da voracidade dos bucaneiros veio do estúdio Ubisoft: as vendas da versão para PC de seu mais novo jogo, o terceiro capítulo da aventura capa-espada ""Assassins" Creed"", vendeu 200 mil cópias desde o lançamento, quantidade 15 vezes menor que o de downloads ilegais supostamente rastreados pela empresa.

Além dos piratas, a indústria dos games também sofre com o boom do mercado de usados. No Reino Unido, até supermercados estão oferecendo serviços de revenda em que cópias seminovas trocam de mãos por um preço menor que o original e que representa melhores margens de lucro porque não é preciso pagar o prêmio exigido por estúdios e fabricantes.

Fonte: O GLOBO


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