Terceiro fornecedor da indústrial local, Japão sofre com tragédia e falta de energia após o terremoto e o tsunami que atingiu o país. Empresas tiveram que paralisar as atividades.
Os impactos do fornecimento de componentes japoneses para o Polo Industrial de Manaus (PIM) vai exigir a adaptação das empresas locais para importar insumos de outros países e evitar os possíveis atrasos provocados pela catástrofe que abala aquele País.
Atualmente, o Japão é o terceiro maior exportador de insumos para o PIM. Só no primeiro bimestre deste ano, foram importados daquele país US$ 233,5 milhões, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Com a falta de energia e o perigo de novos terremotos, muitas empresas japonesas tiveram que paralisar suas atividades, entre elas, a Sony Corporation, que teve que encerrar a produção em seis fábricas nas cidades de Miyagi e Fukushima.
Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Maurício Loureiro, algumas fábricas que importam insumos do Japão podem obter os mesmos componentes em outras regiões para suprir as necessidades.
“A Panasonic e a Sony, por exemplo, possuem fábricas em outros países”, observa.
Em Manaus, a Sony produz toda a linha de televisores e aparelhos de áudio destinados ao mercado nacional. A Sony da Amazônia informou, através de sua assessoria, que “a empresa ainda está avaliando os potenciais impactos na cadeia produtiva”, mas que em uma primeira análise, não haverá danos à produção. A empresa está estudando a situação e deve emitir um comunicado oficial sobre o assunto em alguns dias.
A Moto Honda da Amazônia, que tem sua matriz em Tóquio e é a maior fábrica do PIM, afirmou através da assessoria de comunicação, que a planta brasileira possui 96% de nacionalização, com o apoio de 38 fábricas componentistas instaladas em Manaus. De acordo com a empresa, a produção de Manaus independe de insumos japoneses e um impacto na produção regional foi descartado.
Para Loureiro, os incidentes no Japão não devem causar impacto na produção em Manaus, pois as áreas mais afetadas são produtoras de insumos agrícolas e não industriais. “Em princípio não se vislumbram maiores problemas por conta disso”.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees), Wilson Périco, levantamentos iniciais sobre a situação mostram que o PIM não deve ser afetado. “Estivemos em contato com transportadoras e soubemos que não deve haver grande impacto no que está previsto para sair de lá. Neste momento temos que nos solidarizar com a comunidade japonesa e torcer para que eles consigam se recuperar o mais rápido”, afirma.
Fonte: D24AM
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