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Fonte: GEEK
Estudo realizado pelo Social Science Research Council no mundo revela que a divergência entre receita de populações carentes e custo de mídias digitais de cultura é crítica e sugere mudanças ao mercado.
Por Kao ‘Cyber’ Tokio
Aquela estranha sensação de que você não ganha o suficiente para consumir os filmes, discos e jogos que gostaría de ter não é uma lamentação infundada. Essa é a constatação do estudo Media Piracy in Emerging Economies, realizado pelo Social Science Research Council com apoio de outras oito instituições do mundo, incluindo o Brasil.
Baseado em um trabalho de três anos realizado por 35 pesquisadores, o estudo demonstra que a discrepância observada entre o custo dos bens culturais como softwares, jogos, filmes e CDs e o bolso do consumidor dos países emergentes chega a ser de até cinco ou mais. Um DVD original na Rússia, por exemplo, que tem preço oficial de US$15, equivale ao desembolso aproximado de US$ 75 para o consumidor local, em virtude da baixa remuneração padrão no país, enquanto a cópia ilegal sai pelo preço equivalente a US$25, dominando sem esforço o mercado de vídeo. O mesmo acontece nas demais nações em desenvolvimento com esta e outras mídias de cultura e entretenimento.
O site Geek O System aponta que há outros fatores que contribem com a pirataria, como o fato de que alguns métodos de proteção de direitos terem lesado consumidores legítimos e, outros, como o fato de cópias piratas serem mais fáceis de utilizar, devido ao desbloqueio dos sistemas de proteção.
Além dos custos dos produtos, o estudo do SSRC destaca outros pontos de interesse para o combate a pirataria, como a importância da competitividade no mercado, a dificuldade em fazer as leis serem efetivamente adotadas e o fato de que, ao longo de uma década de combate, não houve efeito significativo sobre o comércio ilegal. O estudo completo custa US$ 2.000, mas está disponível para download gratuito para os países desfavorecidos, através da verificação de IP local.
Curiosamente, outras manifestações se insurgem contra a pirataria, como a recém criada campanha Pirataria tô fora! Só Uso Ogiginal ou a Jogo Justo, ambas de cunho popular e em busca de melhores condições para os consumidores e o mercado nacional. Paralelamente, o combate à pirataria bate recorde de apreensões no país, crescento 97% em fevereiro.
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