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18 de maio de 2011

Falta de pessoal na liberação de mercadorias importadas prejudica o PIM


Bisneto disse que a situação é absurda e que contradiz com um Polo Industrial que fatura mais de US$ 35 bilhões de dólares por ano

O tucano disse que está encaminhando pedido aos ministérios da Agricultura, da Fazenda, Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia sobre o assunto (Foto: Reprodução)

O deputado estadual Arthur Bisneto (PSDB) denunciou nesta quarta-feira (18), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE/AM), que a falta de estrutura pessoal nos portos de Manaus (Chibatão, Super Terminais e Aeroporto Eduardo Gomes) e de Itacoatiara está atrasando a liberação de mercadorias importadas.

Segundo ele, o Ministério da Agricultura só conta com três fiscais para cuidar da liberação das mercadorias de todas as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). “Nosso Polo vem sofrendo no seu dia a dia por conta de puro descaso, atraso na liberação de mercadorias importadas (...)”, afirmou.

“Os insumos que são cruciais para produção das empresas do Polo Industrial que necessitam de liberação alfandegária, ora da Receita Federal, Estadual e pelo Ministério da Agricultura, sofrem atrasos constantes por pura falta de estrutura pessoal e responsabilidade. Para se ter uma idéia, o Ministério da Agricultura só conta com três fiscais para realização dessa tarefa aqui no porto de Manaus e no porto de Itacoatiara”, destacou.

Bisneto disse que a situação é absurda e que contradiz com um Polo Industrial que fatura mais de US$ 35 bilhões de dólares por ano. Segundo o deputado, o descaso é tamanho que chega constantemente provocar paralisação de linhas de produção com imensuráveis prejuízos as atividades industriais.

“Nós estamos há anos luz de Xangai e Hong Kong, onde as mercadorias são liberadas em até oito horas. É uma brincadeira de puro mau gosto (...). Os empresários do polo têm recorrido ao Ministro da Agricultura Wagner Gonçalves Rossi para solucionar o problema com a urgência que caso requer, porém, não tem recebido a merecida importância. Vou tratar com rigidez, como presidente da Comissão de Indústria, Comércio Exterior e Mercosul, este problema me solidarizando aos geradores de emprego e renda do meu estado, representado junto ao Ministério da Agricultura e até mesmo a Presidência da República se preciso for, denunciando o fato em busca da solução do problema”, afirmou.

Arthur Bisneto disse ainda que o problema necessita da atuação da bancada do Amazonas em Brasília. “Registro ainda a necessidade da atuação dos nossos parlamentares em Brasília. Que passivamente, infelizmente, assistem calados, sentados na tribuna com muita timidez ou falta de interesse pelo Estado, os prejuízos significativos que o nosso Polo Industrial está tendo”, afirmou.

Concurso

Em a parte, os deputados estaduais Luiz Castro (PPS) e José Ricardo Wendling (PT), se manifestaram sobre o assunto. Castro disse que esse tema é importante e de interesse da sociedade, da economia industrial no ponto de vista da empregabilidade.

“Porque nós sabemos os prejuízos que isso causa. Essa precariedade do atendimento dos técnicos da agricultura. Eles na verdade não tem culpa, estão em número insuficiente do tamanho da demanda (...). Não dão conta da demanda. São poucos e ainda graças a eles a coisa ainda não está pior. O problema é que o próprio ministério da agricultura não priorizou”, declarou.

Segundo Castro é preciso promover concurso para atender a demanda. “É preciso permitir que entre um número de profissionais suficientes para atender a demanda. Porque ele é essencial para a economia da Amazônia Ocidental. Através do nosso Polo Industrial. Mas, a mentalidade que prevalece que é o Estado não é agrícola, de expressão, porque a nossa produção é pequena e não é necessário ter tantos técnicos a nossa disposição”, completou.

José Ricardo afirmou que é preciso insistir com a cobrança ao Ministério da Agricultura ou em outros ministérios para que não prejudique o PIM. “Nós precisamos insistir. Hoje nós temos esse processo de entrada e saída de mercadorias com certo grau de burocracia, que existe e se tem que enfrentá-lo. Não sei se falta concurso ou se basta remanejar, eu não sei, mas como fala o deputado Praciano, falta um olhar mais adequado para a Amazônia. O restante do País parece que não compreende isso”, afirmou.

Ao final do discurso, Bisneto disse que está encaminhando aos Ministérios da Agricultura, da Fazenda, Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia, pedindo para que sejam revistos a falta de estrutura de pessoal para atuar neste setor.

Fonte: A CRITÍCA


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