Por Leonardo Goy
BRASÍLIA (Reuters) - Mesmo com o avanço em abril, a arrecadação no acumulado do ano já dá sinais de desaceleração, dentro do esperado pela Receita Federal, em um cenário em que o governo tenta reduzir o ritmo da economia.
Segundo dados divulgados pela instituição nesta manhã, a arrecadação acumulada entre janeiro e abril cresceu 11,51 por cento em relação ao mesmo quadrimestre de 2010.
Para sustentar a tese de desaceleração, o secretário da Receita, Carlos Barreto, mencionou os números dos meses anteriores, que mostravam crescimento maior em relação a 2010. A arrecadação acumulada no primeiro trimestre, por exemplo superava a do mesmo intervalo de 2010 em 11,96 por cento.
"A desaceleração está de acordo com o que esperávamos. O crescimento já é menor no acumulado do que era até mês passado. Isso já é decorrente da acomodação do ritmo da atividade," disse Barreto.
O governo federal arrecadou 85,155 bilhões de reais em impostos e contribuições em abril, montante recorde e 10,34 por cento superior ao arrecadado no mesmo mês em 2010, informou a Receita Federal nesta quinta-feira.
No acumulado até abril, a arrecadação somou 315,067 bilhões de reais, na série corrigida pelo IPCA. No período, a receita com Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) somou 63,2 bilhões de reais, com alta de 16,3 por cento na comparação anual.
Já as receitas previdenciárias somaram 81,9 bilhões de reais, valor 9,7 por cento superior ao dos quatro primeiros meses de 2010. O arrecadado com Cofins e Pis-Pasep somou 64,59 bilhões de reais, um crescimento de 9,76 por cento. O IR para pessoa física totalizou 24,92 bilhões, um incremento de 13,65 por cento. A arrecadação do IPI (exceto vinculado) cresceu 23,7 por cento, para 10,94 bilhões no ano.
Barreto manteve a previsão de que, no ano, a arrecadação terá crescimento real de 9 a 10 por cento em relação a 2010.
Fonte: 123ACHEI
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