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Continua fechada a fronteira entre o Brasil e a Bolívia, por manifestantes do "Paro Cívico" que reivindica, entre outras coisas, revisão da normativa brasileira RFB nº 1.059, da Portaria MF 440, que estipula a quantidade de mercadorias estrangeiras que entram no Brasil. A fronteira da Província de Germán Busch com Corumbá, foi fechada à zero hora de segunda-feira, com previsão de ser reaberta à meia-noite desta quarta-feira, 18 de maio, totalizando 72 horas de fechamento.
"Já nos reunimos com os principais representantes de La Paz, Arroyo Concépcion, Puerto Suarez e de Puerto Quijarro, que apoiaram os manifestantes a continuar com o Paro Cívico", disse Marcos Aranibar, presidente da organização 12 de Outubro, uma das instituições envolvidas na manifestação. Nesta terça-feira, 17 de maio, o comércio ficou fechado em apoio à mobilização. "O principal problema é a cota de mercadorias que podem entrar no Brasil. Esta cota está prejudicando muitos bolivianos, queremos apenas estar em paz com o Brasil", enfatizou ao afirmar que os manifestantes esperam que um representante da Receita Federal do Brasil discuta com eles a legislação.
"Queremos que haja um acordo, pois o número que podemos trazer da Bolívia para o Brasil é muito baixo para a quantia de produtores bolivianos que dependem do Brasil para a revenda. Muitos bolivianos fecharam suas fábricas por causa dessa cota estabelecida na fronteira. Não é justo que nós sejamos atingidos por essa normativa, sendo que muitos brasileiros ganham a vida na Bolívia e sempre os ajudamos, somos povos irmãos e devemos nos unir. Não queremos uma guerra de fronteira, por isso, estamos nos manifestando de forma pacífica e caso algum representante da Receita Federal não venha a conversar conosco até o fim do prazo, estaremos tomando medidas mais drásticas, e uma delas, que podemos adiantar é a interrupção por completo da fronteira. Nem carros, nem pessoas poderão cruzar o território, será algo extremamente severo, pois temos que entrar em algum acordo, é mais que justo para ambos os países", reivindicou Aranibar.
Consulado boliviano
"Brasil e Bolívia são grandes parceiros e devem permanecer parceiros. Nós, bolivianos estamos apenas tentando um acordo pacífico de aumento de algumas mercadorias na cota. Outra questão é que não somos apenas nós, bolivianos, que perdemos com a instituição dessa normativa. Os turistas também, pois muitas vezes, eles viajam de muito longe e não podem comprar o querem, ficam restritos às legislações e isso consequentemente interfere na economia tanto do Brasil quanto da Bolívia", frisou o cônsul da Bolívia em Corumbá, Juan Carlos Mérida Romero.
Fonte: MIDIAMAXNEWS
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