Em um alerta para evitar possibilidade de greve geral, delegados e peritos da Polícia Federal, auditores fiscais da Receita Federal e advogados públicos da União deram prazo de aproximadamente um mês para que o governo federal manifeste posição concreta sobre suas reivindicações. Segundo representantes das entidades que participam do movimento, 31 de agosto é a data limite para que se inicie processo de retomada dos concursos públicos, reestruturação das carreiras, liberação das verbas do Ministério da Justiça e também para que seja revista a decisão de utilizar funcionários terceirizados.
Reunidos na tarde desta quinta-feira (28) no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), líderes do movimento deixaram claro que o “primeiro passo” é apenas um aviso. Contudo, caso as exigências sejam ignoradas, existe a possibilidade de paralisações parciais e, por fim, em ato mais extremo, uma greve em todo o território nacional, como explicou Paulo Torres, diretor de relações intersindicais e parlamentar do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
- A gente não quer briga. Não queremos chegar às últimas consequências. Mas se os ministérios não nos atenderem de uma forma séria, estamos avaliando a possibilidade de dar um segundo passo, no qual poderíamos fazer paralisações de um ou dois dias, alternando Estados. Depois disso, se a situação não melhorar, o último passo seria a greve total.
A data estipulada pelos representantes do movimento coincide com o lançamento da lei que irá determinar os custos para o próximo ano. Com isso, torna-se necessário que a verba do governo federal seja alterada.
Paulo Torres espera que soluções para as questões apresentadas sejam expostas pelo governo o quanto antes. Ele lembrou que, em caso contrário, o Brasil poderá viver um caos sem precedentes e um prejuízo incalculável.
- É só você parar e imaginar: em 2014 teremos uma Copa do Mundo aqui. Sem profissionais capacitados e com pouca gente trabalhando, vamos passar por grandes complicações. Isso precisa ser resolvido para evitar problemas sérios no futuro. Além disso, o aeroporto é um lugar por onde entram drogas, armas, coisas do tipo. O páis tem de estar pronto para combater essas questões.
Teste para o caos
O alerta dos manifestantes ganhou força na tarde desta quinta-feira, quando realizaram uma paralisação de dez minutos nos serviços do embarque internacional do Aeroporto Tom Jobim. Conclusão, rapidamente formou-se uma fila de cerca de cem metros.
Presidente Nacional da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil, Luis Carlos Palácios explicou porque ele e os demais representantes do movimento escolheram o aeroporto como ponto estratégico para o fortalecimento da campanha.
- Este espaço é o símbolo concreto das nossas profissões. É por aqui que as pessoas chegam ou deixam o país.
Fonte: R7
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