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4 de novembro de 2011

Lutar contra o crime em Tefé é uma missão impossível



O município de Tefé está localizado na região centro do Amazonas. Com pouco mais de 60 mil habitantes, Tefé é uma cidade polo distante 516 km em linha reta ou 633 km por via fluvial de Manaus. Para chegar a Tefé tem dois jeitos: ou se vai barco ou de avião.


Por sua localização geográfica privilegiada, Tefé integra o mapa das cidades que são rota para diversos crimes. O principal é o tráfico de drogas e armas.


Para fazer frente a criminosos, a Polícia Federal possui um posto batizado com o mesmo nome do município. São 4 policiais, sim você não entendeu errado, são QUATRO policiais para vigiar uma região cortada por rios que se tornam caminho seguro para traficantes e criminosos em geral.


Os policiais em serviço em Tefé não reclamam das condições de trabalho, afinal de contas não há tempo para reclamar. Quando não estão na luta, os agentes federais descansam para novamente voltar ao plantão. Mas, mesmo com todo o empenho dos colegas, lutar contra o crime em Tefé é uma missão impossível.


Os QUATRO guerreiros em serviço por lá contam com três barcos para fazer frente ao crime. Dois barcos foram apreendidos pela PF. Eles são de alumínio e não oferecem segurança nem para pescaria de fim de semana. O outro é uma lancha do DPF que virou sucata.


Mas não é só a falta de embarcações que atrapalha o trabalho da PF. Em Tefé, os policiais não dispõem de coletes balísticos e de coletes salva-vidas. Não há acesso à intranet e se faltar energia a comunicação por telefone não funciona. O posto não tem gerador próprio.


Diversos expedientes foram encaminhados ao Superintendente Regional da PF no Amazonas informando a situação desta e de outras bases, mas, até hoje, nada foi feito.

O diretor de Relações do Trabalho da Fenapef, Francisco Carlos Sabino, diz que o superintendente regional tem se notabilizado mais por abrir procedimentos disciplinares do que por resolver problemas enfrentados pelos policiais. “Antes que o delegado pense em abrir outro procedimento contra os policiais em serviço em Tefé, aviso que a denúncia sobre a situação do posto é de responsabilidade da Fenapef e as fotos publicadas nesta matéria foram feitas em local público”, diz o diretor.


Sabino frisa que um ofício sobre a situação de Tefé já foi encaminhado ao DPF e ao Ministério Público Federal. “Como o superintendente só se preocupa em perseguir sindicalistas que lutam por melhores condições de trabalho e de vida para os policiais, resolvemos levar nossa denúncia a autoridades que resolvam o problema”.


Para quem não se lembra foi na gestão do atual superintendente que três colegas peritos perderam a vida na sede da PF em Manaus. Foi sob o comando do delegado, que os guerreiros Lobo e Matzunaga também foram mortos enquanto combatiam o crime embarcados em uma lancha inapropriada para o seu trabalho. “Depois de cada um desses episódios o superintendente divulgou notas de esclarecimento. Antes que ele tenha que explicar mais uma morte seria bom rever os seu conceitos ou pedir para sair”, finaliza o diretor.
Delegacia
Sabino em vistoria aos "barcos" da PF em Tefé
Fonte: Agência Fenapef


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