VAZAMENTO DE PETRÓLEO NA BACIA DE CAMPOS ACONTECE POR “ERRO OPERACIONAL” DA CHEVRON-TEXACO, ACUSAM PETROLEIROS; EMPRESA ADOTA TÁTICA DO SILÊNCIO; BRASIL E MUNDO SE ALARMAM COM PROPORÇÕES DO DESASTRE AMBIENTAL; ALI MOSHIRI (FOTO), PRESIDENTE DA MULTI PARA O BRASIL, TEM DE FALAR!
247 – Imagens de satélite dão conta de que o vazamento de petróleo na plataforma da multinacional Chevron-Texaco, na Bacia de Campos, começou no dia 8 de novembro. O desastre aconteceu a 75 milhas da costa do Rio de Janeiro. O volume de óleo que vaza é igual ao conteúdo de 3.738 barris por dia. É um vazamento dez vezes maior do que o inicialmente divulgado. Nesses quase dez dias, nenhum executivo da multinacional americana – avaliada em US$ 199 bilhões – mostrou a cara para assumir suas responsabilidades e dar uma satisfação, por que menor que venha a ser, aos brasileiros. Na noite desta quinta-feira 17, o presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, disse que “a causa do acidente foi um vazamento na sapata de um dos poços perfurados pela Chevron na Bacia de Campos”. Aconteceu um erro operacional.
Maior e única responsável pelo que está ocorrendo, a Chevron Texaco informa, apenas, que não irá se pronunciar sobre o fato. No site da companhia, não há qualquer informação sobre o acidente, já visto como o maior desastre ambiental da história do Brasil. Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, a mancha provocada pela Chevron Texaco já se aproxima de uma rota de baleias e golfinhos. “Estamos muito preocupados”, diz Minc. No início dessa crise, a presidente Dilma Rousseff foi a primeira a pedir a apuração rigorosa dos fatos. Ela ainda não teve, porém, a mesma atitude atitude dura como a adotada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, que classificou a inglesa BP, responsável pelo vazamento no Golfo do México, em 2010, como autora de um desastre comparável ao 11 de setembro – quando as torres gêmeas, de Nova York, caíram. Obama obrigou a BP a demitir o CEO da companhia, Tony Hayward – e foi atendido. O vazamento provocado pelas barbeiragens da BP tinha o volume de 5 mil barris/dia, e custou à companhia inglesa a fortuna de US$ 8 bilhões para ser estancado. O que fez com que Tony caísse foi sua postura arrogante e omissa frente ao desastre. Ele chegou a dizer, inicialmente, que o vazamento era pequeno...
No Brasil, agora, o quadro é muito semelhante. A Chevron Texaco igualmente atua como se o assunto não fosse com ela. E, pior ainda, se recusa a dar satisfação às autoridades e ao público brasileiro. O presidente da companhia para o continente sul-americano chama-se Ali Moshiri, mas, até aqui, eles não apareceu para cumprir o papel de enfrentar a crise com uma postura séria e responsável. Esconde-se. A julgar pelas informações no site da empresa, o vazamento não está acontecento – não existe, ali, uma linha escrita a respeito. Mas está. A Chevron Texaco mobilizou nada menos que 18 navios para tentar conter o estrago, cuja extensão ainda é desconhecida.
A população do Rio de Janeiro, assim como o meio ambiente do Estado e do Brasil, exigem satisfações. O que o sr. tem a dizer sobre isso, Mr. Ali Moshiri. Será impossível se esconder por mais tempo!
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Postado por Walber Ferreira dos Santos, Analista-Tributário da Receita Federal.
Representantes da Chevron devem ser intimados hoje, diz PF
Responsáveis pelo incidente poderão pegar penas que variam de um a cinco anos de prisão

Foto: Agência Estado
Greenpeace protesta em frente à sede da Chevron, no centro do Rio
Alguns representantes da petroleira Chevron devem ser intimados ainda hoje (18) para prestarem depoimento na próxima semana, segundo confirmou o chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar.
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A empresa pode ter provocado um acidente ambiental na Bacia de Campos, no Rio, por conta de um vazamento de óleo em uma sapata de um dos poços perfurados pela petroleira na região há cerca de oito dias. A Polícia Federal no Rio de Janeiro instaurou ontem inquérito policial para apurar o acidente ambiental ocorrido na Bacia de Campos.
Os responsáveis pelo incidente poderão ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estão sujeitos a penas que variam de 1 a 5 anos de reclusão. Fábio Scliar espera o laudo pericial encomendado a um oceanógrafo para intimar diretores da Chevron. Ele sobrevoou a região na terça-feira (15) e ouviu cerca de 15 funcionários do navio-plataforma no local.
Nesta sexta-feira (18) integrantes da ONG Greenpeace fizeram uma manifestação em frente à sede da Chevron, no Centro do Rio de Janeiro. Eles derramaram óleo na porta do prédio e seguraram cartazes com a frase "Chevron: sua sujeira, nosso problema".
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Fonte: IG
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