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2 de dezembro de 2011

REFLEXO DA FALTA DE ANALISTAS-TRIBUTÁRIOS NOS AEROPORTOS E DE UMA LEGISLAÇÃO CORPORATIVISTA 2: Manauaras que foram ao ‘Thanksgiving Day’ passam até cinco horas sob inspeção no aeroporto

Manauaras que foram ao ‘Thanksgiving Day’ passam até cinco horas sob inspeção no aeroporto

Postado em 02/12/2011 - 10:42

Os manauaras que foram a Miami (EUA) atraídos pelo “Thanksgiving Day” (Dia de Ação de Graças), também conhecido como “Black Friday”, e retornaram na quinta-feira (01/12), em excursão promovida por agência de turismo, passaram até cinco horas e meia na fila da Receita Federal, no aeroporto Eduardo Gomes. “A inteligência da Receita descobriu que o grupo trazia muitas compras e foi erroneamente informado que poucos seriam inspecionados. Resolvemos inspecionar todos”, disse o inspetor-chefe adjunto da Alfândega no aeroporto, Douglas Coutinho, ao CBN Manaus, nesta sexta-feira (02/12).

Os passageiros estavam indignados. “Como é que podem incentivar o turismo no Amazonas desse jeito? Como é que vai ser na Copa do Mundo?”, desesperava-se a aposentada Ivonilza de Paula, que tinha conexão em Manaus, rumo a Brasília, e só foi liberada às 17h, perdendo o voo. “Ela (a fiscal) tem que fazer o trabalho dela. Tudo bem, mas tem que ter estrutura. Nós ficamos esse tempo todo sem ter nem água para beber”, exasperava-se. Para complicar, as companhias aéreas disseram que não tinham nada com isso e resolveram cobrar as taxas de remarcação das passagens.

O analista de sistema André de Paula, cujo voo chegou às 11h, continuava no aeroporto às 16h e lembrava que direitos individuais estavam sendo feridos. “Havia no voo crianças, idosos, doentes, grávidas e todos esperando na fila. Isso é desumano”, disse.

O delegado sindical no Amazonas e diretor nacional do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (SindiReceita), Moisés Hoyos, revelou que uma mudança na legislação tornou a fiscalização de bagagem privativa dos auditores-fiscais. “Os analistas tributários podiam ajudar e melhorar a velocidade de atendimento no aeroporto, mas estão impedidos pela lei e ficam de mãos amarradas”, disse.

Luciano Coutinho disse que a Receita Federal espera pela reforma do aeroporto para aumentar o número de funcionários que fazem a inspeção de bagagem.



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