Desde terça-feira (03), o Sindicato da União do Pessoal das Aduanas (SUPARA), liderou greve dos funcionários da Aduana Argentina em todo o país. As aduanas de Puerto Iguaçu e Posadas, essenciais fronteiras do Mercosul e que possuem atuação constante do Supara, sofreram com a paralisação.A parada obrigatória diária de 3 horas, das 15 às 18 horas, que vigora nas fronteiras argentinas desde o dia 03 até esta quinta, é um protesto à mudança de horário e ao aumento nas horas de trabalho dos servidores argentinos.Segundo Pedro Aquino, administrador da fronteira de Puerto Iguaçu, para os turistas não haverá falta de atendimento. “A falta desses colaboradores em greve será preenchida com outros funcionários. Não faltará atendimento aos nossos turistas”.Em contrapartida, segundo o jornal local, Noticias de Lacalle, uma fila de caminhões se formou no ingresso à Argentina na Ponte Tancredo Neves na terça-feira.O empresário e diretor da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), Wendel Krasmann comentou que a greve ainda não teve grande escala de afeto no intercâmbio comercial. “Ainda não sofremos nenhuma perda, mas devemos estar atentos para a sequência desta operação”, alertou.O motorista Ademir Teixeira que faz o percurso por Puerto Iguaçu (AR) comentou que existiu uma ação forte no primeiro dia. “Chegamos a ficar parados de terça para quarta, porém, na quarta pela manhã o processo foi liberado para seguirmos viagem”, disse ele.Ademir compara esta ação com a famosa “operação tartaruga”, realizada sempre quando as aduanas querem reivindicar algo. “Exceto no primeiro dia, a greve não se revelou 100% pois os fiscais argentinos até liberaram processos que já estavam em andamento”, comentou.A greve está programada para finalizar às 18 horas desta quinta-feira e atingiu 33 fronteiras incluindo portos, aeroportos e pontes internacionais com Uruguai. A paralisação ocorreu devida a oposição do Supara à Resolución 455/11.Em coletiva de imprensa o Chefe do Supara, Carlos Sueiro confirmou que estará reunido na próxima semana com os Delegados Gerais do Plenário para discutir novas medidas.
Graciele Santos
Fonte: EDGAR LISBOA
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