Os adversários de carreira dos Técnicos Fazendários, um grupo de auditores fiscais da ala radical desses servidores, vêm lutando a todo custo para impedir o avanço das negociações com o governo sobre o projeto de modernização do quadro funcional da SEFAZ-PI. Corre, inclusive nos bastidores, comentários de que estes ameaçaram entrar em greve caso o projeto dos Técnicos avance. Coisa que o secretário de fazenda não devia temer, pois a história mostra que sem os o apoio dos técnicos não existe greve de auditor fiscal no Piauí.
Vejam a que ponto pode chegar a vaidade e o egoísmo desses “profissionais”. Não querem nada para eles, basta que os Técnicos sejam prejudicados. É a bandeira deles. Vivem de espalhar a mentira por onde passam de que os Técnicos querem ser auditores fiscais sem concurso público. Coisa que lhes reflete a ignorância, posto que juridicamente isso não é possível.
Onde já se viu: uma categoria grevar para prejudicar outra? Perguntamos a sociedade: que motivos racionais levam estas pessoas a comportamento tão mesquinho?
Nos últimos meses a ala radical dos auditores vem minando as atribuições dos Técnicos Fazendários sob o pretexto da implantação da fiscalização eletrônica de empresas. Publicaram vários artigos enfatizando a implantação de monitoramento eletrônico das empresas piauienses, sistemas de malhas, nota fiscal avulsa on-line, etc. Sustentam nestes artigos que a partir desse monitoramento fazem auditoria eletrônica em todas as empresas do Estado.
Os Técnicos Fazendários entendem ser relevante o monitoramento eletrônico das empresas, e para tanto tem contribuído. Mas fazem alguns questionamentos: será que os sistemas de informática sabem identificar quando o transportador transporta mercadoria diversa da indicada na NF-e (nota fiscal eletrônica)? ou se é capaz de verificar a quantidade da mercadoria efetivamente transportada com a declarada na NF-e? sem fiscalização de trânsito como impedir a reutilização do DANFE (documento auxiliar da NF-e)? sem o passe fiscal como impedir que contribuintes de outros estados internalizem mercadorias no Piauí sem recolherem o ICMS delas decorrente?
Os sistemas são para direcionar e auxiliar nossas ações e não para eles, como um ente robótico, fazer a fiscalização no lugar do profissional humano. Mas os nobres auditores estão pensando que o ICMS é igual ao imposto de renda. Se assim fosse a arrecadação do Estado do Piauí estava batendo recorde, a exemplo do que ocorre na Receita Federal, e não caindo.
Está nítida que toda a propaganda em torno da divulgação da auditoria eletrônica é a maneira de eles minimizarem a deficiência da auditoria fiscal-contábil no Estado do Piauí, principalmente no interior e a forma de eles mascararem a retirada das atribuições dos Técnicos Fazendários na fiscalização do trânsito de mercadorias.
Convêm esclarecer que nem todos os auditores fiscais são contra o projeto dos Técnicos, aqueles que têm profissionalismo, os que de fato produzem, não estão preocupados com o projeto dos Técnicos. Estes inclusive os apóiam, entendem que o mencionado projeto não os diminui e nem os prejudica em nada. Pelo contrário, melhora a qualidade dos serviços por eles desenvolvidos, pois uma das atribuições dos Técnicos é o auxilio a auditoria fiscal contábil.
Quanto ao governo, lamentamos sua postura, que ao invés de entrar no diálogo com a categoria dos Técnicos, pende para o lado dos que preferem o atraso. Do lado dos Técnicos há o desejo de que essa rivalidade acabe, porque entendem seja ela bastante deletéria ao Estado do Piauí, prejudicando diretamente a fiscalização e consequentemente a arrecadação. Prova disso é o saldo negativo na arrecadação de dezembro de 2011.
Fonte: SINDIFAZ
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