Empresários e autoridades do país europeu em visita ao Brasil defendem acordo com a Aduana A demora na liberação de cargas de importação é o grande ponto que merece atenção e precisa ser resolvido rapidamente no Porto de Santos, segundo autoridades da Itália em missão comercial no Brasil. Para reverter a situação, o grupo pretende assinar termos de cooperação com a Receita Federal do Brasil, a fim de agilizar os processos logísticos entre os dois países. Ontem, uma comitiva composta por 25 autoridades e empresários italianos promoveu o seminário Energia, Logística e Náutica – Novas Tecnologias, Novos Desafios, no Mendes Plaza Hotel, no Gonzaga, em Santos. Os executivos fazem parte da maior missão desse país a visitar o Brasil, composta por 300 pessoas. O objetivo do grupo é identificar oportunidades de negócios e estreitar relações entre os dois mercados. Segundo o presidente da Federação Italiana das Empresas de Transporte (Fedespedi), Piero Lazzeri, as cargas que saem da Itália para o Brasil demoram o dobro do tempo para chegara o destino final. O motivo é a demora na liberação, devido às vistorias realizadas pela Receita Federal. “São necessários de 16 a 19 dias para um navio sair de um porto italiano e chegar a Santos. Após o desembarque, ainda é preciso esperar pelo menos 15diasamaispara liberara mercadoria. Isso não é bom para o comércio internacional e é incompatível com o mercado. Tempo, para nós, é o aspecto mais importante”, destaca. A Fedespedi é a principal federação italiana de empresas envolvidas no comércio exterior. Ela representa 31 associações, com um total de 95 mil registros de trabalhadores nas áreas de transporte e logística. Segundo Lazzeri, na vinda ao Brasil, o objetivo da entidade é resolver problemas que envolvam o serviço aduaneiro. “Não estou dizendo que não queremos controles ou pagar taxas, mas isto precisa ser sempre muito rápido”, pontua. Segundo o presidente da Autoridade Portuária de Gênova, Luigi Merlo, a demora aduaneira é comum em muitos portos do mundo por conta das barreiras criadas para burlar fraudes. As contravenções podem ser o não pagamento de impostos ou o envio de mercadorias não declaradas entre as cargas. Para minimizar esses atrasos, o porto, que fica no noroeste da Itália, na região da Ligúria, firmou parcerias com alfândegas de portos chineses e sul-coreanos. Nesses casos, o acordo facilita o desembarque de mercadorias que tem o complexo portuário da Ligúria como exportador. “Os portos de Gênova e Santos têm características muito semelhantes. Se pudermos firmar o acordo como o que fizemos como Porto de Shenzen, na China, ganharemos tempo nas trocas comerciais com um porto que é referência para nós, como o de Santos”, afirma Merlo. A ideia dos executivos é levar um representante da aduana brasileira para conhecer os procedimentos adotados no complexo italiano. Com isso, eles esperam acelerar a assinatura do acordo e, consequentemente, facilitar as operações de cargas entre os portos de Gênova e Santos.
Fonte: SANTOS NA WEB
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