Por Redação Pantanal News/Governo Federal
Objetivo é coibir crimes ambientais e o tráfico de drogas e de pessoas
A fronteira brasileira com Venezuela, Suriname, Guiana Francesa e Guiana terão o policiamento intensificado por meio da Operação Ágata 4, lançada na quarta-feira (2). Nas próximas semanas, 8,5 mil militares e uma centena de agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública estarão patrulhando uma área de cinco mil quilômetros entre a foz do Rio Oiapoque ao município de Cucuí, no Amazonas. As equipes buscarão coibir garimpos irregulares, pistas clandestinas, ações de madeireiros, tráficos de drogas e pessoas, bem como crimes contra o ambiente.
A Ágata será executada a partir do Comando Militar da Amazônia (CMA) e terá ações sociais. De acordo com o general-de-brigada Franklimberg Ribeiro de Freitas, chefe do Centro de Operações do CMA, no desenrolar da operação, oficiais da França, da Venezuela e dos demais países da região de fronteira atuarão como observadores das missões. “Atuaremos de forma integrada com as demais forças e entidades participantes”, anunciou Franklimberg.
Sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a Operação Ágata integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), lançado em junho. No âmbito do PEF, existem duas mobilizações de patrulhamento da fronteira: a Ágata, de caráter pontual, com data marcada para começo e término; e a Operação Sentinela, comandada pelo Ministério da Justiça, que constitui uma ação de caráter permanente nas divisas do Brasil com os países sul-americanos.
O chefe do Comando Militar da Amazônia, general-de-exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, disse que haverá transparência da operação. Além da divulgação das ações e seus resultados na mídia nacional e local, haverá encontros com entidades representativas da sociedade da região amazônica, governos locais, parlamentares, empresários e dirigentes sindicais.
Hospital - Além da presença militar nas fronteiras, a Operação Ágata 4 tem previstas ações sociais. Na última terça-feira (1º), o hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou o píer do 7º Comando Aéreo Regional (Comar) e se deslocou para o município de Barcelos, a 490 quilômetros de Manaus. Até 9 de maio, uma equipe de 38 profissionais do serviço médico atenderá moradores nas especialidades de clínica médica, ginecologia, geriatria, pediatria, odontologia, ortopedia e dermatologia.
O hospital tem capacidade de atender entre 350 e 400 pacientes por dia e condições de realizar exames de raio-X, ultrassonografia e hemogramas. Caso sejam comprovadas doenças mais graves, os pacientes serão encaminhados a centros médicos de Manaus”, afirmou o tenente-coronel médico Roberto Thury, comandante do hospital de campanha. Ele informou que os equipamentos já foram usados em tragédias no Haiti e México, além das enchentes no Paraná e no Rio de Janeiro.
Além do hospital, a Força Aérea Brasileira (FAB) irá empregar aviões de alerta aéreo antecipado E-99 para localizar voos clandestinos, em conjunto com caças A-29 Super Tucano para interceptar e fazer com que as aeronaves pousem em locais determinados pela FAB. O papel dos aviões de sensoriamento remoto R-99 será localizar pistas clandestinas utilizadas pelo narcotráfico. Os helicópteros H-60 Black Hawk podem decolar com equipe de medidas de controle de solo, especialmente treinada para deter tripulantes de voos ilícitos e preservar provas até a chegada da Polícia Federal.
Enchente no Amazonas desabriga ribeirinhos
A Ágata 4 acontece no instante em que as cheias do rio Negro desalojam moradores na região metropolitana de Manaus e mais 24 cidades do Amazonas. Ontem, no bairro Educandos, na capital amazonense, moradores reclamavam da falta de atendimento. Numa das vielas, a doméstica Ângela Maria Magalhães Moreira contou que teve que abandonar um barraco de madeira com o marido e sete filhos porque a água invadiu a moradia. O rio atingiu a cota de 29,20 metros.
Fonte: PANTANAL NEWS
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