Na
manhã desta quarta-feira (05/02), servidores públicos federais de todo
Brasil estiveram no Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão
(MPOG) para o lançamento nacional da campanha salarial unificada de
2014, e cobrar a realização de audiência com a ministra Miriam Belchior,
para negociar a pauta de reivindicações protocolada junto ao governo
desde 23 de janeiro.
A
Fenajufe foi representada no ato por vários de seus dirigentes, além da
participação de sua base, que contou com a presença de delegações dos
estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão,
Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondônia e
Acre.
Durante
a manifestação desta quarta-feira, depois de muita pressão dos
servidores para que a ministra desse uma satisfação à categoria, uma
comissão formada por 13 entidades nacionais – entre elas a Fenajufe –
foi recebida pelo secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça e
pelo Secretário Executivo do MPOG, André Bucar. Os representantes dos
servidores reiteraram o pedido de resposta à pauta de reivindicações já
protocolada no MPOG e insistiram para que o governo reabra as
negociações com os servidores. Os representantes do governo afirmaram
que têm um acordo firmado em 2012 com servidores, ainda em cumprimento,
que governo não teria cessado interlocuções, estando em pleno
funcionamento os grupos de trabalho junto aos ministérios, que
servidores teriam recebido reestruturação de salários desde início do
governo Lula até agora em patamar muito superior às perdas
inflacionários que eventualmente fossem devidas à título de data base,
mas ao final, pressionados pelos servidores de que este será um ano
atípico, com a realização de copa do mundo e eleições gerais no país,
afirmaram que o governo compromete-se a responder formalmente os oito
pontos da pauta de reivindicações até o Carnaval e disseram que vão
intermediar a construção de uma reunião com a ministra Mirian Belchior.
Apesar
da reunião com representantes do Ministério do Planejamento e a
promessa de uma resposta formal à pauta de reivindicações e a uma
possível audiência das entidades representativas do conjunto de
servidores federais do país com a ministra Miriam Belchior, sem
perspectiva de data para ocorrer, os servidores cobram uma atuação
diferente do governo no trato de sua pauta, assegurando espaço de
negociação efetiva desde já, pois a persistir a política de congelamento
e o desrespeito à data base, a preparação de greve conjunta de todo o
funcionalismo tende a se acelerar. Vários setores já discutem com sua
base um calendário de paralisação, como ocorre com a Condsef (representa
carreiras do executivo), a Fasubra (técnicos administrativos das
universidades públicas) e o Sinasefe (técnicos e professores dos
Institutos Federais), que indicam início da greve para o mês de março, a
Fenajufe com indicação para inicio de Abril e o Andes (representa
professores universidades federais), que fará a discussão do calendário
em seu Congresso que será realizado em São Luís/MA de 10 a 14 de
fevereiro.
O
coordenador geral da Fenajufe, Adilson Rodrigues, representou a
entidade na comissão recebida no Ministério do Planejamento no início da
tarde desta quarta-feira e registra que “parece que o governo está
disposto a continuar com sua política de enrolação, pagando pra ver o
que os servidores estão dispostos a fazer neste ano, sem se dar conta
dos riscos que representaria a deflagração de greve nos vários setores
do funcionalismo às vésperas da copa do mundo e das eleições gerais
deste ano. Por isso, temos que intensificar nosso trabalho, chamando a
categoria a participar e fortalecer a Campanha Salarial Unificada em
cada local de trabalho, para forçar a instalação de negociação séria,
que assegure o restabelecimento da data base para o conjunto do
funcionalismo”.
Texto de Eduardo Wendhausen Ramos
Fonte: SINPRFGO
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