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12 de junho de 2014

Em Pacaraíma: Operação na fronteira deixa de funcionar

Foto:  Cora Gonzalo
No posto de fiscalização de Pacaraima não há policiais e os carros não são parados

   
A fronteira do Brasil com a Venezuela, Norte do Estado, está sem policiamento, mesmo com o anúncio da Operação Tolerância Zero. A falta de efetivo da Polícia Militar é o motivo para a não continuidade da operação, anunciada em abril pelo governador Chico Rodrigues (PSB) como serviço permanente nas fronteiras.

A operação era realizada no Posto de Fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, de 1 a 30 de maio. Na época, foram apreendidas grandes quantidades de combustível, carne, frango, fraudas descartáveis, ração canina, desodorante, entre outros produtos. Todos repassados por meio de relatório às instituições responsáveis.

Segundo o major da Polícia Militar em Pacaraima, Idenilson Paulino da Silva, a operação precisa de uma parceria com várias instituições, entre elas a Polícia Civil e Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito). No entanto, as ações estavam sendo realizadas apenas pela PM. Denúncias afirmam que os policiais militares estariam fazendo o papel da Receita Federal ao apreender mercadorias oriundas da Venezuela.

O major explicou que Pacaraima está com efetivo reduzido para dar continuidade ao policiamento durante as 24 horas. Atualmente, há um funcionário no local que apoia o trabalho do fiscal da Sefaz. Porém, ele não pode realizar abordagem de veículos sozinho. A ideia é fazer um turno fixo de três policiais no local e, para isso, foram solicitados 12 servidores.

Segundo o major Paulino, a viatura de serviço ordinário com dois policiais está prestando ajuda no Posto de Fiscalização. Mas, quando há ocorrência na cidade, ele precisa se deslocar. No caso específico de apreensão de drogas, a equipe precisa de um cão farejador para facilitar o trabalho, que também já foi solicitado.

Contudo, para fazer apreensões de mercadorias, é necessária a presença de fiscais da Receita Federal. “No momento, estamos coibindo crimes como tráfico de drogas, armamento, veículos roubados ou pessoas foragidas. Mas, se encontrarmos descaminho de combustível ou qualquer mercadoria da Venezuela, acionamos a Receita Federal”, salientou o major.

PRODUTOS APREENDIDOS - De acordo com os dados da Polícia Militar em Pacaraima, no mês de maio, foram entregues à Receita Federal 700 litros de combustível, três mil desodorantes rollon, oito motosserras, cinco roçadeiras, 800 vasilhas plásticas, 90 mil unidades de sacolas plásticas, 340 pacotes de fraudas e 120 de sabão em pó.

A PM também apreendeu 350 quilos de carne, 200 de ração canina e 17 sacos de fertilizantes, tudo entregue na Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR). Além de dez carros e 100 gramas de ouro encaminhados à Receita Federal.

SESP - Em entrevista à Folha, o secretário de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, negou a falta de policiamento em Pacaraima. “Estamos realizando uma operação de inteligência no município e a operação continua”, afirmou complementando ainda que, “em breve”, um termo de cooperação será firmado com a Polícia Federal para intensificar a ação.

O secretário disse ainda que a Operação Tolerância Zero é uma política pública de segurança efetiva. “Com os novos 300 policiais militares, teremos um efetivo fixo no Jundiá, Pacaraima e Bonfim”, disse. (C.G.)



CORA GONZALO
Colaboradora da Folha



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