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2 de julho de 2010

Criação de ZPEs e seus impactos sobre o PIM.

Os possíveis impactos das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM) dividem as opiniões de economistas. Ontem, o Diário Oficial da União publicou decretos presidenciais criando ZPEs em seis municípios do País. Dois projetos de cidades amazonenses ainda tramitam na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Foram contemplados, nos decretos publicados ontem, os municípios de Boa Vista (RR) e Senador Guimard (AC), na Região Norte, Parnaíba (PI), no Nordeste, Bataguassu (MS), no Centro-Oeste, e Fernandópolis (SP) e Aracruz (ES), no Sudeste. Os projetos do Amazonas são de Itacoatiara e Tabatinga.

De acordo com o economista José Alberto, ex-coordenador geral de Estudos Econômicos e Empresariais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as ZPEs da Região Norte não devem impactar negativamente a produção do PIM, devido às dificuldades de logística e infraestruturais, mas é preciso atentar para as zonas do Nordeste e Sudeste.

“Ainda não é possível avaliar os impactos por segmentos, mas a partir do momento em que empresas multinacionais, capazes de produzir em larga escala, se instalem nessas localidades, a produção do PIM poderá ser impactada”, opinou.

Para o economista, a criação das ZPEs no Amazonas poderá ser positiva para os municípios, que poderão vender para o PIM como um regime de exportação, devido às características jurídicas da Zona Franca de Manaus (ZFM), reconhecida pelos economistas como um País dentro do Brasil.

O economista Francisco de Assis Mourão, por outro lado, defende a tese de que as ZPEs não concorrerão com o PIM, devido às dificuldades de concorrer em pequena escala no competitivo mercado nacional. “As ZPEs são obrigadas a exportar 80% de sua produção. A única vantagem que poderão ter é de logística, mas a operação de vender os 20% no mercado nacional, mesmo para quem produzir em larga escala, não é simples”, disse.

Na avaliação do economista Rodemarck Castelo Branco, os projetos das ZPEs não são o ideal para competir no cenário globalizado, que demanda a produção dos bens próximos aos centros consumidores. “Quem estiver interessado em produzir para o mercado nacional, não vai se instalar em uma ZPE, mas no PIM, que possui incentivos fiscais e permissão para vender dentro do País”, afirmou. “As ZPEs deverão se desenvolver muito pouco, com maior opção para os produtos agroindustriais”, completou o economista e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Celeridade

Ontem, o senador Arthur Neto defendeu a celeridade na aprovação das ZPEs de Itacoatiara e Tabatinga pela Câmara dos Deputados. “Faço até um apelo aos colegas que aprovem o projeto”, comentou. As ZPEs nas duas cidade foram aprovadas no Conselho de Assuntos Econômicos do Senado Federal em outubro de 2008, defendidas como um instrumento para fomentar o desenvolvimento de 16 municípios próximos.

Fonte:http://www.d24am.com/noticias/economia/impactos-de-zpes-dividem-opinies/2243



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