Publicação: 02/08/2010 08:17
Lampert (foto) foi exonerado por dizer que o secretário Cartaxo o havia proibido de projetar a arrecadação |
O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, demitiu o coordenador de Estudos, Previsão e Análise, Victor Lampert, conhecido nos corredores da instituição como “o Dunga da Receita” por ser gaúcho e ter se envolvido em vários bate-bocas com jornalistas, a exemplo do ex-técnico da Seleção Brasileira. A exoneração, registrada no Diário Oficial da União (DOU) como “a pedido”, foi consequência de um episódio no qual o auditor fiscal afirmou ter sido orientado por Cartaxo a não revelar as estimativas para a arrecadação de impostos e contribuições neste ano.
Na entrevista para comentar os resultados de junho, no dia 15 do mês passado, Lampert se recusou a relacionar o ritmo de recolhimento dos tributos ao nível de atividade da economia. Pressionado por repórteres, ele foi ríspido e tentou abandonar a sala por duas vezes, sendo contido por assessores. A cena revelou o clima de tensão vivido dentro da instituição, envolvida numa série de denúncias de vazamento de informações confidenciais, quebra de sigilo fiscal e uso político dos dados.
O constrangimento obrigou Cartaxo a telefonar, no mesmo dia, aos jornalistas para se desculpar pelo destempero do auxiliar. Na ocasião, o secretário negou que tivesse orientado Lampert a esconder informações ou que tenha baixado uma lei da mordaça no órgão, proibindo avaliações da conjuntura econômica. “Tratava-se de uma matéria técnica. Que tipo de recomendação eu poderia fazer? Não entendo o que aconteceu”, afirmou.
A repercussão negativa do caso levou a Receita a tentar esconder a dispensa. No DOU de 20 de julho, subsequente à exoneração, um novo despacho de Cartaxo designou Lampert para o cargo de julgador na Primeira Turma de delegados da Receita em Porto Alegre, sua cidade. O posto fica abaixo da Presidência da Quinta Turma de julgadores, que ele ocupava antes de ser convidado a integrar o alto escalão da instituição. A coordenação de Estudos, Previsão e Análise continua vaga. (GC).
Na entrevista para comentar os resultados de junho, no dia 15 do mês passado, Lampert se recusou a relacionar o ritmo de recolhimento dos tributos ao nível de atividade da economia. Pressionado por repórteres, ele foi ríspido e tentou abandonar a sala por duas vezes, sendo contido por assessores. A cena revelou o clima de tensão vivido dentro da instituição, envolvida numa série de denúncias de vazamento de informações confidenciais, quebra de sigilo fiscal e uso político dos dados.
O constrangimento obrigou Cartaxo a telefonar, no mesmo dia, aos jornalistas para se desculpar pelo destempero do auxiliar. Na ocasião, o secretário negou que tivesse orientado Lampert a esconder informações ou que tenha baixado uma lei da mordaça no órgão, proibindo avaliações da conjuntura econômica. “Tratava-se de uma matéria técnica. Que tipo de recomendação eu poderia fazer? Não entendo o que aconteceu”, afirmou.
A repercussão negativa do caso levou a Receita a tentar esconder a dispensa. No DOU de 20 de julho, subsequente à exoneração, um novo despacho de Cartaxo designou Lampert para o cargo de julgador na Primeira Turma de delegados da Receita em Porto Alegre, sua cidade. O posto fica abaixo da Presidência da Quinta Turma de julgadores, que ele ocupava antes de ser convidado a integrar o alto escalão da instituição. A coordenação de Estudos, Previsão e Análise continua vaga. (GC).
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/
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