SÃO PAULO - O TRE de São Paulo informou que o analista tributário Júlio Cezar Bertoldo, apontado pela funcionária do Serpro Adeildda dos Santos como intermediário nos pedidos de informações fiscais de pessoas ligadas ao PSDB, é filiado ao PP em Ribeirão Pires (SP) desde 1991. Em depoimento à PF, quinta-feira, Adeildda, que estava cedida à Receita, disse que Júlio Bertoldo teria apresentado contadores a ele e orientado que obtivesse as declarações de renda que eles pedissem. Ela disse que recebia de R$ 50 a R$ 200 por cada pesquisa.
Em entrevista no "Jornal Nacional" nesta sexta-feira, Bertoldo negou as acusações da colega:
" Ela está querendo se justificar de alguma coisa e está querendo incriminar outra pessoa "
No depoimento de cinco horas, Adeildda disse ainda que três contadores (Eric, Fernando e Danilo) encomendavam frequentemente a quebra de sigilo na Receita na agência de Mauá. Ela foi indiciada pela PF por corrupção ativa. Admitiu que recebeu "agrados financeiros" de três contadores. Não revelou o nome dos contadores, mas disse que os agrados, de R$ 50 a R$ 200 por serviço, eram depositados em sua conta bancária.
O presidente do PP em Ribeirão Pires, Anderson Grecco, disse que não conhece Bertoldo e que ele é apenas filiado:
- Ele não tem participação ativa. Tanto que tive de procurar o nome nos nossos arquivos.
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