O analista tributário da Receita Federal de Formiga, que teria acessado dados do vice presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, deu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (06).
Gilberto Souza Amarante disse ter acessado, por engano, os dados de Eduardo Jorge. “A minha função é acessar dados há 17 anos e eu faço isso várias vezes por dia. Nesse episódio, os levantamentos que eu fiz, o acesso foi feito durante o horário de expediente, no atendimento. Há vários casos de homônimos com esse nome. A nossa base é nacional e o nome Eduardo Jorge, então, é factível de acontecer. É que houve um homônimo e esse acesso durou apenas 41 segundos, conforme relatório que vocês tiveram acesso. Não foram dez acessos. Foi um acesso de 41 segundos, só que o sistema quando nós estamos pesquisando por nome, por um motivo qualquer, as razões são as mais variadas, o sistema registra cada mudança de página como um acesso, então é bom que fique claro, não foram dez acessos e sim um acesso apenas. E foi acessado uma base cadastral, cadastro, não foi acessado nenhum tipo de dado fiscal. Cadastro quer dizer nome, telefone. Muitas vezes para se perceber que a pessoa que está ali perante a gente é aquela pessoa é necessário você navegar no sistema. Então, é bom que deixe isso bem claro”, explicou.
O acesso aos dados ocorreu no dia 03 de abril do ano passado na agência de Formiga, onde Gilberto trabalha como analista tributário. Ele negou que houvesse qualquer intenção de favorecimento político. “Quanto à filiação partidária é bom a gente desfazer outro equívoco. Um outro equívoco que faz o caso tomar uma proporção que definitivamente não tem. É bom frisar que filiação partidária não se confunde com militância partidária. Não tive nunca, nunca tive nenhum tipo de militância partidária”, ressaltou.
As polícias Federal de Belo Horizonte e Brasília investigam o caso.
Fonte: GLOBO.COM
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