Eliane Oliveira
O Globo - 13/01/2011
Governo estuda também reduzir tributos sobre bens de capital. Medidas seriam abrangentes
BRASÍLIA. A tendência do governo na formulação de novas desonerações ao setor produtivo, para compensar as perdas provocadas pelo dólar desvalorizado frente ao real, é promover corte ou eliminação de tributos linear, ou seja, sem privilegiar a concessão de benefícios pontuais a setores específicos prejudicados pelo real forte. Entre as ações estariam a redução tributária de bens de capital e da folha de pagamento e a retirada de vez de impostos sobre produtos usados na exportação já no início da cadeia produtiva.
Outro procedimento tido como linear por técnicos da área econômica consiste em ampliar o leque de estímulos a investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com vista à inovação tecnológica em bens finais ou nos processos produtivos. As medidas abrangentes são consideradas mais eficientes, porque o Brasil padece de grandes problemas estruturais, que ampliam a falta de competitividade frente aos competidores chineses e outros.
Fazenda não quer novos incentivos, Desenvolvimento pede medidas concretas
Do ponto de vista fiscal, porém, o Ministério da Fazenda resiste a novas renúncias, enquanto o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, passa a insistir que medidas concretas para ajudar a indústria nacional saiam do papel.
Nessa guerra de poderes, surge como terceira figura o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que briga para que a política industrial dê mais ênfase à inovação do que nunca. Ao assumir, o ministro deixou claro que vai brigar por mais espaço, sob o argumento de que, sem inovar, o Brasil perderá cada vez mais mercados.
- Só mesmo Palocci (Antonio Palocci, ministro da Casa Civil), que é mais habilidoso, pode conseguir equilíbrio nessa guerra de egos - disse uma fonte próxima à presidente Dilma Rousseff.
A atuação de Pimentel é vista com expectativa pelos empresários brasileiros, graças à longeva amizade que tem com Dilma Rousseff. A avaliação é que ele terá mai
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