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13 de junho de 2011

Desconforto e insegurança no ambiente de trabalho

O prédio possui graves problemas estruturais
 
O prédio da Alfândega de Manaus/AM, em estilo eclético, com elementos medievalistas e renascentistas, é uma obra suntuosa e admirável que reproduz os edifícios londrinos do início do século XX. O conjunto arquitetônico da Alfândega e Guardamoria foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1987, e é um dos pontos turístico da capital do Amazonas. No entanto, por descaso da Administração da RFB e falta de manutenção das instalações, o prédio atualmente está se deteriorando e não possui mais condições adequadas para abrigar os servidores que ali trabalham.

Analistas-Tributários lotados na Alfândega estão realmente preocupados e, por diversas vezes, relataram deficiências na infraestrutura que vão desde instalações elétricas corroídas pelo tempo à falta de materiais de limpeza apropriados. Recentemente os servidores ficaram assustados com um princípio de incêndio no prédio e, pasmem, há relatos de que não há extintores de incêndio o suficiente.

A delegacia sindical do Sindireceita em Manaus visitou as instalações da RFB na Alfândega do Porto e se deparou com uma extensa lista de problemas que devem ser corrigidos urgentemente, pois as condições de trabalham são realmente insalubres e diversos servidores já adoeceram em virtude dessa situação.

As fotos internas do prédio são assustadoras e vergonhosas. Os banheiros possuem vasos sanitários entupidos, há infiltração por toda parte, com vazamentos no teto e risco de queda do forro, além de alagamentos pelo chão. No período de chuvas, a situação se agrava e goteiras aparecem por toda a Alfândega. Resíduos que caem do forro, possivelmente de fezes de morcego ou rato, também colocam em risco a saúde de servidores que já relataram vários casos de tosse e outros problemas pulmonares.

Por ser antigo, o prédio não possui isolamento acústico entre os andares, sendo possível ouvir os passos das pessoas que circulam no andar de cima, bem como suas conversas. O isolamento acústico também não existe em relação aos ruídos vindos da área externa do prédio.

Outros problemas relatados foram: fios espalhados pelo chão, ausência de tomadas e emaranhados de fios pelo teto e pelas paredes; além da falta de extintores de incêndio, faltam ainda uma brigada de incêndio e uma comissão interna de prevenção de acidentes; não há estacionamento suficiente para atender os servidores; picos de energia e lentidão nos sistemas de comunicação são frequentes; e no período de cheia do rio, o entorno do prédio sofre com alagações e mau cheiro.

O Sindireceita reforça que pretende intensificar este trabalho de denúncia e não relaxará até que esses lamentáveis exemplos de descaso para com os servidores lotados nessas unidades, que já são sacrificados em condições normais de trabalho, venham a ser solucionados. Como muitos absurdos que acabam sendo corrigidos nesse país, as autoridades competentes dão mostras que nenhum esforço adicional será empreendido até que alguma tragédia ocorra e ganhe as manchetes de jornais.


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