O setor de software perdeu cerca de R$ 3 bilhões em vendas por causa da pirataria. Somente no Estado de São Paulo o impacto é aproximado a R$ 1,5 bilhão. E as 24 empresas da região estão dentro desse prejuízo. Duas delas estão em Santo André, nove em São Bernardo, 12 em São Caetano e uma em Diadema.
As informações são da Associação Brasileira de Empresas de Software. O volume perdido por causa do mercado de falsificação representa quase metade do faturamento do setor, que atingiu R$ 7,5 bilhões no ano passado. "No entanto, comemoramos a redução no índice de pirataria do País, que caiu de 56% para 54%", afirmou o diretor jurídico da Abes, Manoel dos Santos.
Em maioria, o problema, hoje, para o setor são as falsificações físicas, que são os programas de computador pirateados em CDs e DVDs. No primeiro semestre, foram apreendidos 1.187.522 produtos como estes no País, contra 873.200 do ano anterior. "Apesar do crescimento, comemoramos o aumento da fiscalização", disse o diretor. Santos não consegue calcular o prejuízo do volume apreendido para o setor neste ano.
Ele contou que, mesmo representando menor potencial de prejuízo, a pirataria on-line também está no alvo da associação. "Realizamos uma pesquisa e identificamos quais são os provedores aqui do Brasil que têm maior volume de download pirata", revelou.
Para que não haja interferência nessas negociações, Santos não passou os resultados da pesquisa. Mas afirmou que a Abes tomará medida firme. "Se não houver contribuição da parte desses provedores, vamos nos amparar na Justiça para que elas tomem providências." A intenção da Abes é que os provedores monitorem seus usuários e tomem medidas contra práticas de pirataria.
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