Entre 2010 e 2011, 6 milhões de pessoas passaram a comprar pirataria. O mais
alarmante é que nas classes mais altas da população, o número de pessoas que
admitem ter comprado produtos piratas aumentou muito.
O número de brasileiros que admitem comprar produtos falsificados aumentou,
no último ano. E até quem ganha mais passou a gastar com pirataria.
Nunca tantos brasileiros consumiram tanta pirataria. Só este ano, foram mais
de 74 milhões de pessoas contribuindo para o comércio ilegal.
Pela primeira vez, uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pela
Fecomércio, apontou que mais da metade da população acima de 16 anos admite já
ter comprado algum produto falsificado.
E esse tipo de consumo cresceu no último ano. Entre 2010 e 2011, 6 milhões de
pessoas passaram a comprar pirataria. O mais alarmante, segundo os
pesquisadores, é que nas classes mais altas da população, o número de pessoas
que admitem ter comprado produtos piratas aumentou muito. De 47% em 2010 para
57% neste ano.
Os consumidores com maior renda têm consciência das consequências de cada
compra ilegal. Cerca de 80% disseram acreditar que a pirataria prejudica a
indústria e o comércio e também alimenta a sonegação de impostos.
Um tributarista fez os cálculos. De uma mercadoria que custa R$ 100, em uma
loja de médio porte, R$ 28 vão para o pagamento de impostos, que devem ser
aplicados pelo governo em educação, saúde, habitação e segurança, por exemplo;
R$ 15, o comerciante usa para pagar outros tributos, como o impostos de renda.
Do restante, tem que pagar os salários dos empregados e os gastos com luz,
telefone, aluguel.
“Vai possibilitar que, sobretudo o pequeno e o médio empresário, expandam
seus negócios, pratiquem uma melhor negociação de salário, fazendo a economia
girar”, diz o advogado tributarista Luiz Gustavo Bichara.
“Em um determinado momento essa ilegalidade vai voltar contra o cidadão.
Então é melhor começar a frear, por questão de educação e cidadania”, diz o
comerciante Anaor Antunes.
Fonte: JORNAL NACIONAL
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