Acadêmicos de Medicina apóiam movimento grevista dos médicos.
Acadêmicos de Medicina apóiam movimento grevista dos médicos federais de olho no futuro que os espera.
Despertar a reflexão na sociedade para os problemas enfrentados pela classe d.e funcionários públicos federais. Esse vem sendo o principal argumento dos mais recentes movimentos reivindicatórios dos servidores públicos, que nesta semana atingiram momentos cruciais. Na manhã de ontem, O Imparcial conversou com as lideranças de algumas categorias funcionais mobilizadas durante a semana, para verificar as razões dos atos de protesto.
Na Praça Deodoro, região central da capital, os médicos lotados nos hospitais federais de São Luís – Dutra e Materno-Infantil – paralisaram as atividades para a realização de panfletagem junto aos transeuntes, com o propósito de denunciar a desvalorização da classe médica a partir da edição da Medida Provisória nº 568. Apenas o setor de emergência desses hospitais funcionou ontem, além dos atendimentos prestados por profissionais de outras esferas administrativas, que não a federal. O presidente do Sindicato dos Médicos do Maranhão (Sindmédicos), Adolfo Paraíso, afirmou que o dispositivo jurídico é benéfico para outras categorias de servidores, mas representa um retrocesso para a classe médica, já que prevê a duplicação da jornada de trabalho, de 20 para 40 horas semanais, com a manutenção do mesmo salário.
“Na prática, reduziu em 50% o salário”, comentou o sindicalista, observando o risco de a medida esvaziar os postos de médicos nos hospitais públicos federais, seja pela antecipação de aposentadorias de alguns dos servidores, seja pelo pedido de licenças pendentes às quais muitos profissionais podem dar entrada, diante das condições de trabalho desfavoráveis impostas pela MP. Para Adolfo Paraíso, a solução para a categoria seria a revogação da medida provisória ou a exclusão da categoria de médicos da mesma. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os médicos federais no estado devem iniciar uma greve por tempo indeterminado, a partir do próximo dia 28.
Em nota divulgada à imprensa, no fim da manhã de ontem, após uma reunião com o reitor daUniversidade Federal do Maranhão (UFMA), para discutir a paralisação dos médicos nos hospitais universitários, o cirurgião cardíaco Vinicius Nina, diretor geral do Hospital Dutra, afirmou que “a mobilização é legítima, pois a MP 568/2012 prejudica a categoria ao reduzir os salários dos médicos servidores públicos federais, ferindo um direito já assegurado a essa classe. Nós estamos nos mobilizando junto aos órgãos competentes para que a Medida seja revista em alguns pontos e assim possa ser alterada, não prejudicando a classe médica".
Analistas tributários
Amanhã, a paralisação prevista é dos analistas tributários, que devem realizar uma discussão na frente da sede da Receita Federal, no Centro. De acordo como o delegado sindical João Matias Santana Guilhon. Representando o Sindicato dos Analistas Tributários da Receita Federal (Sindireceita), Guilhon disse que o sentido da mobilização será alertar a população sobre ao mudança de salário pleiteada pela categoria. “Com a sociedade participando [das discussões], nossas chances de sucesso são maiores”, disse ele, destacando que atualmente os analistas tributários vêm exercendo as mais diversas atribuições no âmbito da instituição fazendária, desde o atendimento ao público às zonas de arrecadação aduaneira, nas alfândegas.
Fonte: TRIBUNA DO TOCANTINS
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