Jailton de Carvalho
A Polícia Federal deverá pedir à Justiça Federal a quebra do sigilo da sindicância da Corregedoria-Geral da Receita Federal sobre o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
A polícia pediu cópia da sindicância à Receita na semana passada. Mas a Corregedoria-Geral entende que só pode entregar o relatório após a conclusão da sindicância e autorização da Justiça.
O Ministério Público Federal também pediu cópia da sindicância e espera receber os documentos até agosto. Ela aponta que a declaração de renda de Eduardo Jorge, relativa a 2008, foi acessada indevidamente em outubro.
Os dados teriam sido acessados por uma analista tributária da Receita em São Paulo sem os requisitos legais: investigação interna sobre evolução de renda e patrimônio ou busca de informações por ordem judicial.
A partir da sindicância, a Corregedoria-Geral abriu processo administrativo disciplinar para descobrir se o vazamento partiu da mesma pessoa que acessou os dados.
Segundo o secretário-geral do Sindicato Nacional da Carreira Auditoria da Receita Federal, João Jacques, a tarefa não é fácil. É preciso ter provas para atribuir quebra do sigilo e acesso aos dados à mesma pessoa.
— O secretário (Otacílio Cartaxo) disse que foram cinco ou seis acessos. Então, todos eles são suspeitos e não só quem teria feito o acesso imotivado.
As investigações começaram mês passado. O tucano e outros colegas de partidos suspeitam que as informações faziam parte de um suposto dossiê em poder de membros da campanha da candidata petista, Dilma Rousseff.
Os tucanos não dizem, porém, quem seriam estas pessoas. O PT nega a acusação.
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