O site WikiLeaks publicou documentos que apontam que as autoridades brasileiras estão engajadas em buscar células terroristas na tríplice fronteira com Argentina e Paraguai, além de combater o financiamento a tais atos em cidades como São Paulo, mas que raramente tais prisões são classificadas como ato de terrorismo.
- Apesar da retórica negativa do Itamaraty e dos altos níveis do governo, as agências de segurança brasileiras e as de inteligência – principalmente a Polícia Federal, a Receita Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e outras – estão cientes da potencial ameaça de terroristas explorando as condições favoráveis existentes no Brasil para que operem e ativamente identificam e monitoram atividade terrorista suspeita.
Em seguida, o texto esclarece como o Brasil faz este tipo de prisão.
- A Polícia Federal irá muitas vezes prender indivíduos com ligação com o terrorismo, mas irá acusá-los de uma variedade de crimes não relacionados ao terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos níveis do governo. No ano passado, a Polícia Federal prendeu vários indivíduos envolvidos em suspeita de financiamento de atividades terroristas, mas justificaram a prisão em tráfico de drogas e acusações de crimes contra a receita.
A comunidade de origem libanesa é principal suspeita de tais atividades, mas as informações seriam coibidas pelas autoridades brasileiras para não haver uma estigmatização de tais grupos. Outra razão para não fazer da questão uma bandeira pública é a de que a associação do país com o terrorismo poderia prejudicar o turismo na área. Um documento informa ainda que outra justificativa dada pelos brasileiros é de que não querem uma política como a americana para a questão, considerada agressiva.
Procurada pelo portal R7, a PF informou que não irá se pronunciar sobre o caso.
O WikiLeaks ficou famoso a fazer grandes vazamentos de material confidencial. Neste ano, o site fez a divulgação de documentos sigilosos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão. O último vazamento, que traz a correspondência sobre o Brasil, é a maior ação do gênero da história, com 250 mil documentos.
O atual vazamento está concentrado na correspondência e relatórios de diplomatas.
Um dos telegramas também cita prisões de suspeitos de atividades terroristas. Um dele foi preso em 2007 no Estado de Santa Catarina por não declarar dinheiro ao entrar no país. Ele foi colocado em processo de deportação e descrito como um extremista sunita. No mesmo ano, a PF teria desbaratado uma quadrilha de falsificação de documentos no Rio de Janeiro que fornecia identidades a estrangeiros, entre eles, alguns traficantes.
Fonte: R7
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