Governo vai bancar servidor e equipamentos para ‘Porto 24 Horas’, diz ministro
O governo federal deverá bancar a
contratação de servidores e autorizar a compra de carros, computadores e
equipamentos necessários à implantação do programa “Porto 24 horas”.
“Se for necessário a compra de
equipamentos, computadores, carros, de deslocar funcionários de uma
região para outra, o governo vai resolver. Isso já começou a ser
discutido entre os órgãos federais e os respectivos ministérios”, disse o
ministro dos Portos, Leônidas Cristino.
O programa, lançado há duas semanas,
prevê expediente administrativo diuturno em alguns portos de órgãos
federais como Receita Federal, Vigiagro, Anvisa e Polícia Federal.
A medida tem o propósito de garantir a
movimentação da carga a qualquer hora do dia e assim expandir a
capacidade dos portos e assim minimizar os constantes problemas de
congestionamentos, principalmente em Santos.
Embora ainda não funcione como
planejado, o governo determinou que além dos portos do Rio de Janeiro,
Vitória e Santos, o programa seja estendido a partir de segunda-feira
aos portos de Rio Grande, Itajaí, Paranaguá, Suape e Fortaleza.
A reportagem da Folha visitou o porto de
Santos na madrugada do último dia 24 e constatou que a operação durante
a madrugada é quase inexistente. O ministro dos Portos reconheceu os
problemas, mas afirmou que o governo “não vai abrir mão, sob hipótese
nenhuma, do Porto 24 horas”.
O governo ainda não sabe o número de
funcionários e o custo total dessa mobilização nacional nos principais
portos do país. Uma reunião dos membros da Comissão Nacional de Portos,
marca para o próximo dia 9 (quinta-feira), deverá revelar as primeiras
cifras desse programa.
Cristino disse também que essa operação
não irá gerar grande gasto para o governo federal. “Se houver será
pouco. Não acreditou que isso vá gerar um custo muito grande.”
Propósito
O governo afirma que a iniciativa vai
mudar a forma de operação dos portos e abrir espaço para a movimentação
de cargas. O programa “Porto 24 horas” faz parte de uma série de medidas
que inclui ainda o “Porto sem Papel”, a carga inteligente (com uso de
chips para identificação do processo de exportação) e o controle de
acessos dos caminhões nas áreas portuárias.
O conjunto de medidas, incluído no
Sistema de Inteligência Logística, vai elevar a capacidade de
movimentação de carga em 25%. Em 2012, os portos brasileiros
movimentaram 903 milhões de toneladas de carga.
A meta do Plano Nacional de Logística
Portuária é conduzir os portos brasileiros a uma capacidade para
movimentação de carga de 2,23 bilhões de toneladas em 2030.
Fonte: Folha de São Paulo, Por Agnaldo Brito
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